A temporada de treinos 2013 foi impecável até o momento. Sou
triatleta desde 2007, com 3 Mundiais, e posso afirmar que essa foi a
temporada que mais treinei com qualidade –intensidade- e esforço. Acho
difícil eu conseguir em alguma outra temporada treinar tão bem quanto
vinha fazendo de janeiro até final de abril.
O motivo para um
esforço maior era a minha decisão de 2013 ser o último Ironman Brasil de
um bom tempo por vir, e havia colocado a meta de –tentar- atingir o sub
10 horas que venho tentando há desde ano passado.
Já havia decidido que esse não era ano de Kona, pegando ou não a vaga; não era a meta.
Pois bem. Tive um problema no percurso final.
Justo no finalzinho.
Quando tudo parece perfeito demais, é melhor cautela; algo estará prestes a acontecer.
Dia 21 de abril, acordei no meio do vôo Floripa- Campinas, chorando de
dor de ouvido. Há 3 semanas exatas, eu estava me sentindo estranha,
febre, calafrio, enxaqueca muito forte - por 7 dias seguidos-, enjôos fortes –vontade de
vomitar-, diarréia. Achei que fosse dengue, mas não era. Achei que fosse
cansaço de trabalho e treinos. Segui a vida normalmente, até porque se
fosse em um médico eu não citaria nada de relacionado a ouvido, e
certamente me falaria que estava com virose, recomendando repouso. Eu
tomo medicamento homeopático para o ouvido, e isso mascarou qualquer
sinal de que fosse o ouvido.
Descobri uma otite que não sabia. O
corpo estava tentando avisar a infecção e eu não conseguia decifrar os
sinais. Se fosse uma simples otite eu ficaria tranqüila, até porque me
daria um pouco de descanso, que estava precisando. O caso complicou,
pois meu ouvido é um pouco diferente, já que nasci prematura de 7 meses,
nunca foi recomendado natação, mergulho –quando pequena nem em uma
piscina-, e cuidados com altitude de avião.
A otite “estorou” no vôo, quando o piloto descia uma certa altitude de uma vez- pouco tempo.
Diagnóstico, médicos, exames, médicos...
Fiquei triste, chateada, triste, triste...
Pelo simples fato de que só eu sei o quanto me esforcei nessa temporada. Só eu sei..
Acordando de madrugada, fazendo treinos longos após o turno de trabalho, saindo da piscina as 10 da noite...
Estava com uma natação táo boa...
Foi tudo para lata do lixo.
Ainda não aceitei direito.
E ainda não sei como vou largar no Ironman Brasil deste ano.
Ainda não sei como serão os 20 dias antescedentes da prova quanto a natação.
Ainda não sei...
Dia 26 talvez...
Poxa Luiza, que barra tudo isso! Torço para que você consiga participar apesar de tudo isso... Já passei por vários problemas de saúde que me tiraram de algumas competições, porem menores. Na época morri por dentro. Mas hoje vejo que passou e a dor cicatriza...Sei que não ajuda muito palavras de conforto em uma hora dessa, mas as vezes é bom ver pessoas torcendo pela gente... Força! Você é uma Ironman!
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