Dia 28 fui pra Santos, num bate e volta rápido para nadar a primeira etapa paulista de travessias. Como sempre escolhi o percurso longo, que eram 4km. No entanto, ninguém sabia, se o padrão de medida seria como a de Caconde, onde o percurso foi pra aproximadamente 7km.
A largada atrasou, a água estava numa temperatura perfeita, e incrivelmente limpa para Santos - lembrando ainda que agora é temporada de férias.
Percurso de 2 voltas, a largada feminina foi a última, como sempre. As "pequenas meninas" saíram rasgando. Primeira perna contra, segunda reta a favor e rápida e terceira cortando corrente. Segunda volta o mar virou, ficou mexido o tempo todo, muitas ondas. De verdade, consegui manter um bom ritmo de prova em uns 40% da travessia, pois o restante era muito sobe e desce, corta corrente.
Pelo volume e intensidade que estou treinando natação para águas abertas- de segunda a sábado, pelo menos 3km- saí com um gosto de quero mais. Nem parecia que tinha feito nada, sinceramente. Acabei a travessia, que pelo que falaram deu uns 3500m de mar mexido, em 51`já na areia. Acabei conseguindo 2 lugar na categoria, e fiquei feliz com o desempenho. As 5 primeiras meninas que ganharam tinham todas elas no máximo 16 anos. F#$$%.
Saí de Santos com vontade de sair pra correr, fazer algo mais. No entanto, cheguei em casa as 8 da noite, até arrumar tudo e rearrumar tudo para o próximo dia, não deu.
Domingo tinha planejado ir para Riacho Grande fazer o simulado do Júlio, que sempre quis, e nunca conseguia ir. Cansei da rotina de trabalhar, treinar, e no fim de semana imendar todos os treinos junto com trabalho nas opções que estão mais perto, ao meu redor. Variar é bom e é preciso, principalmente quando se está atrás do que eu estou.
O simulado foi sensacional! Curti muito o local, e o clima das pessoas de lá! Não é a toa que o lugar é meca de treino de uma galera demais, como o Bessa, entre outros moradores de SP.
Natação fácil e rápida, parecia uma piscina, sem correnteza, bóias retas e fácil de nadar. Aliás fiz os 1500m em tempo que nado na piscina, sai pra transiçào em 21`baixo. E fiz o treino todo como se estivesse de verdade numa competição. Sai pra pedalar, e um pelotão de ciclista a la Tour de France, juro, já passei por muitos pelotões, mas esse ai tinha fácil 50 negos. Era gigante. Aos poucos ele foi diminuindo e foi ficando normal. Bom sai pra pedalar toda empolgada olhando para o cateye em 38, 39km/hr. Na segunda volta e até o final estava nos 34. O percurso é cheio de inclinações e tinha um ventinho lá bom, mas vou ter que trabalhar duro no meu pedal até o Iron. Alguns momentos decidi ir atrás de alguns que passavam num ritmo bom, outras ficava sozinha. Foi legal, fechei os 40km, e sai para correr. Sai rasgando, quando cheguei no km 2,5 em 10` decidi não fazer as 2 voltas de 5km e sim sair pra fazer uma única volta maior - já que não suporto repetir volta, ainda mais pequena. Acabei fazendo os outros 5km por tempo. E fechei os 10km pra 40`. Talvez não tenha sido muito exato, mas isso acontece até em provas oficiais. E gostei do meu tempo total 2hr14`, sendo que o percurso nào é totalmente plano como o Internacional de Santos, por exemplo, ou o Brasileiro de Floripa.
Por falar em Internacional de Santos. A prova é tradicional como Troféu Brasil, e gostaria muito de participar,mas pra mim que estou no interior de SP, só preciso pegar o carro, descer a serra, ficar por lá, correr e voltar, não está valendo a pena. Muito caro. Não reclamo, porque são todas assim. Quem tem dinheiro ou patrocínio que venha de outros estados pra fazer. Eu, como tudo na vida, ponho um limite de preço, do que vale e não vale.
Desculpe, mas não gasto tudo isso numa inscriçào de triathlon olímpico, assim como não gasto mais que 80 reais numa calça jeans. Deve ser por isso que minhas roupas são todas de fora do país ou então ganho de presente. E sim, já gastei 10 dolares em calça da Levis; e o mesmo preço de uma inscriçào como aquela para me inscrever em um 70.3 fora do país.
O esporte é de elite, mas os que não sào da elite, dào um jeitinho de permanecer ano após ano, mesmo não tão presente "oficialmente". O importante é o estilo de vida e as prioridades de cada momento e fase da vida.
Hoje li uma reportagem do Samuca, e sim, concordo com ele, quando diz que quando somos colocados em condições de maiores dificuldades, nos dedicamos, temos mais perseverança, força, valor, simplicidade.
"Quem busca, um dia alcança.."
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